segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Quinta, 25/10

Neste dia, a escola Onélia Campelo teve as duas primeiras aulas e depois tivemos os jogos internos. Depois das duas primeiras aulas, fomos à quadra onde aconteceriam os jogos, mais uma vez, a grande maioria dos alunos estavam eufóricos, fazendo MUITO barulho, eles gritavam incansavelmente, falavam frases pejorativas e batiam em latas. Depois, quando os jogos começaram, os que estadam na plateia ainda continuaram com o barulho. Depois de um tempo os nossos ouvidos vão se adaptando (kkkkk).

Quarta 24/10

Não houve reunião neste dia em virtude da reunião do PROFLETRAS, na qual nossos supervisores precisaram estar presentes.

Terça, 23/10

Nesta terça-feira não fomos à escola, pois a professora Socorro nos avisou, na noite da segunda-feira, via WhatsApp, que iria usar a folga do TRE para este dia.

Quinta, 18/10

Neste dia, nós, bolsistas do PIBID, fomos convidados para assistirmos o filme O alto da Compadecida, juntamente com os alunos, no auditório da escola Onélia Campelo. 

A professora socorro juntou as turmas 8 ano A e 8 ano B, pois os alunos do 8 A, estavam sem aula, então para que não ficassem à toa na escola, a professora resolveu adiantar a aula de português.
Os alunos entraram no auditório e se iniciou uma onda de barulho e gritaria, todos estavam eufóricos, agitados, o barulho se tornava ainda maior pelo fato do auditório ser fechado. A princípio, pensei que não seria uma boa ideia juntar duas turmas com aproximadamente quarenta alunos em cada, com faixa etária entre 13-15 anos, em uma sala fechada. Mas nesse meio tempo de gritaria e baderna, lembrei do tempo no qual  eu estava no lugar daqueles alunos, quando eu era uma estudante de escola pública. Lembrei-me que quando acontecia isso - raramente acontecia - do professor levar os alunos para assistir algum filme, nós, estudantes, não sabíamos como reagir, pois sempre era algo muito novo, e infelizmente, no começo reagíamos assim, com barulho! Mas também me recordo que quando o filme era bom para nós, digo, quando era um filme interessante e que prendia nossa atenção, logo esse momento de barulho era substituído por olhos arregalados e bocas abertas, como se não pudéssemos perder nenhum momento do filme. E foi isso que aconteceu naquele dia com os alunos da escola Onélia Campelo, a professora, claro, vendo toda a gritaria, pediu silêncio e alertou que se caso continuassem, iria avisar à coordenação e os alunos ficariam suspensos dos jogos internos e talvez até das provas. Mas o barulho continuou, então a professora deu play no filme e foi instantâneo, os alunos ficaram calados, todos concentrados e a cada cena engraçada, ouvia-se barulhos de risadas, algo contagiante e feliz. Durante o filme, o cenário daquele auditório foi de alegria, todos estavam gostando, todos estavam felizes, mas infelizmente toca o sinal para a próxima aula, e então apenas o 8 ano A permanece no auditório, já que a próxima aula deles seria de português. Depois do 8 B se retirar, o filme continua com a outra turma, nós, bolsistas, também continuamos. Mas depois de algum tempo fomos interrompidos pelo sinal novamente, era a hora da próxima aula, sendo assim, a professora tirou o filme e disse que continuaria na próxima aula. E foi assim a nossa ida à escola no dia 18/10. 

Quarta, 16/10

Nesta dia, não houve reunião, pois os nossos orientadores, Andréa Pereira e Luís Fernando, precisaram comparecer à reunião do PROFLETRAS.

terça 16/10

Neste dia, a professora Socorro continuou o assunto Aposto e Vocativo. 


No primeiro momento da aula, como de costume, os alunos estavam dispersos, conversando alto, andando pela sala de aula e usando celulares. A professora, antes de começar o assunto, conversou com os alunos sobre o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula, alertou que se continuassem, ela iria comunicar à direção e as medidas punitivas seriam tomadas. Essa conversa levou em média 15/20 minutos. 


Após esse momento, a professora corrigiu a atividade no livro de forma compartilhada, ou seja, com todos os alunos participando da correção. Alguns alunos leram os textos da atividade oralmente, outros leram as questões, outros contestaram algumas respostam, e a professora ficou atenta a tudo, sanando todas as duvidas. 


Depois da correção, a professora passou outra atividade, mas que era para ser feita em casa. E por fim, os alunos foram liberados da aula de português daquele dia. 

sábado, 13 de outubro de 2018



Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
Escola Estadual Onélia Campelo
Série: 8º ano Turma: A; 8º ano Turma: B
Professora: Socorro
Observadora Participante: Aline Wivian Santos Silva
Data: 27/09/2018 e 11/10/2018
Horário de início: 07h00
Horário de término: 11h00
Quantidades de alunos presentes: Turma A: 39 alunos; Turma B: 44 alunos

Pesquisa Etnográfica realizada na Escola Estadual Onélia Campelo, situada no bairro Santos Dummont, em Maceió – AL, na Rua Santa Terezinha, s/nº.

DIAGNÓSTICO ETNOGRÁFICO

Nível de ensino: Fundamental de 6º ao 9º ano, Ensino Médio 1º ano 3º ano e Educação de jovens e adultos – EJA.

  • ·         Pessoal:

Total de estudantes: 11.516 estudantes distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite.
Total de professores: 56 professores distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite.
  • ·         Infraestrutura

Organização da escola: 15 salas de aula, 01 laboratório de informática e robótica, 01 laboratório de ciências, 01 laboratório de matemática, 01 sala de recursos multimídias para alunos especiais, 01 biblioteca, 01 auditório, 01 pátio grande coberto, 01 bloco administrativo ( com secretaria e arquivo, sala de direção, sala de coordenação pedagógica para alunos, sala de material didático e 02 banheiros, 04 banheiros para os alunos: 02 masculinos 02 femininos, 01 cantina, 01 refeitório, 01 cozinha, 01 despensa, 01 espaço para instalação de elevador, 01 ginásio esportivo com sala e banheiro para professor, dois banheiros (femininos e masculinos) e despensa para material esportivo, tv, antena parabólica, copiadora e Datashow.
Biblioteca: 21 prateleiras de livros. Alguns livros estão empoeirado e há infiltrações nas paredes. Os livros são do gênero Infanto juvenil, poesia, bíblicos infantis e didáticos.
  • ·         Infraestrutura a partir da visão dos alunos

Ao abordar o assunto Infraestrutura, os alunos, prontamente, falaram sobre as pichações que estão por toda parte da escola. Um aluno diz a seguinte frase: “É bom que ‘nós’ reclama e nós mesmo que ‘picha’” (L G).  Em seguida, é falado sobre a situação dos ventiladores que estão quebrados, a falta de bancas e carteiras, o calor por conta da falta de ventiladores. “Se não abrir a porta e janelas, é frango assado”. (V H). Perguntei sobre a utilização do laboratório, os alunos dizem que nunca foram. “ fica só na vontade. Só fui até a porta, mas não é essas coisas não”. (L O).
Acesso à internet: Os alunos alegam que só tiveram acesso porque hackeram a senha, mas depois a secretária a trocou e os alunos perderam o acesso. “Porque não usava ‘pra’ estudar, só jogar, essas coisas...”. C.G.
Biblioteca: Os estudantes afirmam que não há problema na biblioteca da escola.” “Não tem o que falar, é ótimo”. (R O).
Banheiros: “Não tem porta, não tem água, não tem papel higiênico. Sabe o que lá tem de muito? É germe” (R O). A situação do banheiro é precária, os alunos mal conseguem entrar para fazer suas necessidades, além disso, os alunos comentam sobre um grande problema que a coordenação da escola já vem tentando combater, o uso da maconha no banheiro.
Quadra de esporte: Os alunos argumentam que a quadra está em estado deplorável, e quando precisam beber água, bebem na torneira do banheiro, por falta de bebedouro.
Merenda escolar: Um dos alunos dispara: “Coisa boa é só uma vez por ano, e às vezes nem dá ‘pra’ todo mundo”. (A S).
Local de lazer: Os alunos falam sobre locais de lazer na escola, em um tom de gozação “ só em casa, ou quando rola briga, aí a gente sai ‘pra’ olhar”. Um dos alunos comenta sobre a última briga na escola: “o pau comeu! Aqui tem mais briga de menina, ficam brigando por ‘macho’”. Os alunos passam cerca de cinco minutos relembrando o ocorrido. Pergunto se os alunos gostariam de algo que não tem na escola, o mais novo da turma, em tom sarcástico diz: “comida boa”, os outros alunos rapidamente concordam e fazem maus comentários sobre a merenda da escola. Em seguida, eles dizem que gostariam que tivesse teatro e apresentações durante o intervalo, como meio de descontração, falam também que queriam aulas de informática, um local para fazer pesquisas, mais aulas de educação física e inglês. O último comentário foi sobre a segurança da escola: “queria mais segurança, aqui é assalto todo dia na porta”. (V H).
  • ·         Relações interpessoais

Bullying: Para combater a problemática do bullying e da indisciplina, o corpo docente dão orientações aos alunos e a escola apresenta palestras sobre o assunto.
Método de punição: Suspensão ou transferência.
Relação da escola com a política: A escola é sede para a votação nos períodos de eleição.
  • ·       Relações interpessoais a partir da visão dos alunos: Os alunos contam que já sofreram muito bullying na escola. “Se você não ficar esperto, leva ‘bolo’”. (I S). “Ah, aqui é normal!” (C E). Um dos alunos alega sofrer bullying constantemente, mas diz que aprendeu a não se importar. “Quase todo mundo me chama de gordinho, mas eu não ligo. E o povo ‘tá’ mentindo?” (L G)

Intervenção dos professores e coordenadores em casos de bullying: “tem professores que ajudam, outros não fazem nada.” (L G).
Racismo: Os alunos dizem que nunca viram casos de racismo na escola. “eu aceito a pessoa se ela for branca, morena, qualquer cor. ‘Pra’ mim, cor não muda o caráter, somos todos caráter.”  “A gente aqui respeita todo mundo”.
Relação do professor com os alunos: Os estudantes descrevem tal relação como sendo de autoridade da parte dos professores. “É obrigação deles mandar na gente”. (L G).
·      Projeto Pedagógico: A escola está refazendo o Projeto Pedagógico Nacional, com foco na formação continuada, com base nas teorias de histórico dialética, de Marx, teoria do objeto proximal, de Vygostsky e teoria social cultural, de Libâneo.
Eventos esportivos: Jogos internos, copinha Bom de Bola e gincana.
Eventos extraclasses: Projeto de leitura, feira de conhecimento, jovem aprendiz, projeto cidadania e projeto mãe solteira.



Laboratório de informática
Laboratório de ciências

  

Laboratório de ciências





Laboratório de ciências

Laboratório de ciências

Laboratório de informática





Quinta, 11/10.

Neste dia, falamos com a professora Socorro para usarmos esse momento na escola para terminar nosso diagnóstico etnográfico. A professora concordou. Visitamos alguns lugares da escola, como laboratório de informática e biblioteca, depois falamos com o coordenador Leonardo sobre o plano pedagógico da escola.

Terça, 09/10.

Neste dia, fomos mais uma vez observar a aula da professora Socorro. No começo da aula, a professora passou uma atividade no livro sobre vocativo e aposto,  depois a corrigiu individualmente, vendo o caderno de todos os alunos. A atividade valia nota.  E essa foi a aula do dia 09/10, correções de atividades. 

Quarta, 10/10.

Nesta reunião, Andréa e Luiz Fernando nos contou sobre o encontro que tiveram os três supervisores (Socorro, Edlene e Ricardo). Depois, os bolsistas falaram sobre cada supervisor - acredito que todos que estavam presente na reunião conseguiram falar -, nossos orientadores ouviram atentamente. Nessa situação, os bolsistas do grupo do professor Ricardo se demoraram mais, pois houve alguns impasses. Logo depois, os orientadores fizeram uma reflexão de tudo que foi dito, falamos sobre a violência simbólica, sobre a relação professor - aluno e no final da reflexão, o professor Luiz fez uma pequena analogia sobre a prisão e a estrutura física da escola.
Acredito que a prática docente está relacionada à mudanças, um método de ensino com mais liberdade, de não somente saber que o aluno irá "aprender", mas de qual maneira isso acontecerá . O educador deve ter um comportamento ético, respeitar as diversas opiniões dos educandos, permitir o desenvolvimento da autonomia e da confiança, trazendo consigo a humildade, honestidade, respeito e compreensão. 

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

quinta, 4 de outubro.

Neste dia, não houve aula na escola Onélia Campelo, pois foi realizada a reunião pedagógica da escola, com intuito de discutir as notas, comportamentos e faltas dos alunos. Com isso, participamos da reunião juntamente com todos os professores da escola.

domingo, 7 de outubro de 2018

Quarta, 3 de outubro;

Devido à grave dos servidores, a reunião deste dia foi cancela.

Terça, 2 de outubro.

Novamente, ficamos em processo de obervação. Fomos às salas da nossa supervisora Socorro, que continuou o assunto "Adjunto adnominal". Na metade da aula, a diretora interrompe para alertar de um problema com a água e que por conta disso, o pátio estava alagado, sendo assim, os alunos deveriam evitar passar por lá, pois poderiam levar choques. Ao terminar de dar o aviso, a diretora é chamada por alguns alunos que mostram uma foto que seria de um aluno que não estaria gostando dessa exposição, a diretora os repreende por tal atitude. A professora termina o assuno e o coordenador Leonardo interrompe a aula para dar aviso sobre a fiação ruim,devido ao problema da água, fala também sobre a desorganização das salas. Por fim, a professora finaliza a aula. 

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Fragmentos da minha pesquisa etnográfica. (pesquisa em andamento)


Pesquisa Etnográfica

Infraestrutura da escola Onélia Campelo através do olhar dos alunos.
Faixa etária dos alunos entrevistados: de 13 a 15 anos.

Ao abordar o assunto “infraestrutura”, os alunos, prontamente, falaram sobre as pichações que estão por toda parte da escola. Um aluno diz a seguinte frase: “É bom que ‘nós’ reclama e nós mesmo que ‘picha’”. L.G,15 anos.  Em seguida, é falado sobre a situação dos ventiladores que estão quebrados, a falta de bancas e carteiras, o calor por conta da falta de ventiladores. “Se não abrir a porta e janelas, é frango assado”. V.H, 15 anos.
Perguntei sobre a utilização do laboratório, os alunos dizem que nunca foram. “fica só na vontade. Só fui até a porta, mas não é essas coisas não”. L.O,15 ANOS. Questionei sobre o acesso à internet, os alunos dizem que só tiveram acesso porque hackeram a senha, mas depois a secretária trocou a senha e os alunos perderam o acesso. “Porque não usava ‘pra’ estudar, só jogar, essas coisas...”.
Os discentes falam sobre a biblioteca: “ Não tem o que falar, é ótimo”. R.O 15 anos. Em seguida, pergunto sobre a infraestrutura dos banheiros. “Não tem porta, não tem água, não tem papel higiênico. Sabe o que lá tem de muito? É germe” R.O 15 anos. A situação do banheiro é precária, os alunos mal conseguem entrar para fazer suas necessidades, além disso, os alunos comentam sobre um grande problema que a coordenação da escola já vem tentando combater, o uso de maconha no banheiro.
A quadra de esporte também está em um estado deplorável, afirmam os alunos. Alegam que quando precisam beber água, bebem na torneira do banheiro, por falta de bebedouro. Questiono sobre a merenda da escola. Um deles dispara: “Coisa boa é só uma vez por ano, e às vezes nem dá ‘pra’ todo mundo”. Pergunto se os alunos têm um local de lazer na escola, a reposta foi imediata, dita em um tom de gozação “ só em casa, ou quando rola briga, aí a gente sai ‘pra’ olhar”. Um dos alunos comenta sobre a última briga na escola: “o pau comeu! Aqui tem mais briga de menina, ficam brigando por ‘macho’”. Os alunos passam certa de cinco minutos relembrando o ocorrido.
Pergunto se os alunos gostariam de algo que não tem na escola, o mais novo da turma, em tom de sarcástico diz: “comida boa”, os outros alunos rapidamente concordam e fazem maus comentários sobre a merenda da escola. Em seguida, ele dizem que gostariam que tivesse teatro, e apresentações durante o intervalo, como meio de descontração, falam também que queriam aulas de informática, um locas para fazer pesquisas, mais aulas de educação física e inglês. O último comentário foi sobre a segurança da escola: “queria mais segurança, aqui é assalto todo dia na porta”. V.H 15 anos.







obs: esta é a primeira parte da minha pesquisa, pois ainda estou em fase de construção. Ressalto que a estrutura da pesquisa precisa ser trabalhada.

29 de novembro.

Neste dia, encerramos nossas atividades com os alunos. Foi um momento muito especial, pois saímos de lá com a sensação de dever cumprido, m...